Por Helena Silva
No mês que Rotary dedica à Paz, Prevenção e Reflexão de Conflitos, é impossível não nos lembrarmos, de imediato, da guerra. Dos inúmeros conflitos que ainda subsistem no mundo, apesar dos muitos esforços desenvolvidos para se conseguir alcançar a Paz.
E é impossível, também, que na nossa cabeça não surjam imagens das vítimas de todas as guerras: os milhões de adultos e crianças que veem as suas vidas caírem por terra e fogem, muitas vezes colocando em risco as próprias vidas, para encontrar um porto seguro, que garanta esse bem maior que é a Paz. São, no mundo, mais de 100 milhões nestas condições, mais de metade dos quais crianças.
É a eles, aos refugiados, que damos destaque nesta edição, através de uma entrevista a André Costa Jorge, coordenador da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) que nos conta o que, em Portugal, está a ser feito para acolher estas famílias que chegam destroçadas e a necessitar de tudo.
E ao falar deles, recordamos também o envolvimento dos clubes rotários nacionais e o seu notável papel no acolhimento às famílias ucranianas. Há um ano, precisamente em fevereiro, começou a guerra na Ucrânia. Há 365 dias que grande parte destas pessoas que fugiram esperam que se encontre uma solução que lhes permita regressar a suas casas e, de alguma forma, retomar as vidas que aí deixaram. Foram, segundo os números oficiais, mais de sete milhões a fugir da guerra. Portugal acolhe cerca de 50 mil.
Mas fevereiro é também um mês feliz, no qual celebramos o nascimento do nosso movimento. A 23 de fevereiro de 1905, Paul Harris formou o primeiro clube rotário, em Chicago. Há 118 anos que carregamos nas mãos o seu legado, procurando levar a mensagem de Rotary em tudo o que pensamos, somos e fazemos. E através disso, imaginar e contribuir para um mundo de Paz.