Ítalo Julian | Rotaract Club de Monção
Como profissional interessado na evolução tecnológica, acho fascinante observar como os jovens percebem a inteligência artificial (IA) e o seu impacto na sociedade. Para muitos jovens, a IA representa uma ferramenta poderosa que pode transformar diversos aspectos da vida quotidiana, do trabalho e da educação. Veem a IA como uma oportunidade para inovar, criar e resolver problemas complexos de maneira eficiente.
Para mim a IA tem o potencial de impactar significativamente a sociedade e profissionais de diferentes áreas. No âmbito educativo, pode personalizar a aprendizagem, adaptando-se às necessidades individuais de cada estudante e melhorando os resultados académicos. Na medicina, a IA pode ajudar no diagnóstico precoce de doenças e na investigação de novos tratamentos, enquanto no sector industrial, pode otimizar processos e aumentar a produtividade.
No entanto, na minha opinião, a implementação da IA também traz desafios. Antes da IA, muitas tarefas requeriam um esforço humano considerável e estavam limitadas pelas capacidades humanas. Com a chegada da IA, estas tarefas podem ser automatizadas, o que traz vantagens significativas como maior eficiência, precisão e rapidez. Por outro lado, e de acordo com o que observo, uma desvantagem é a possível perda de empregos devido à automatização, o que pode gerar incerteza e receio na força laboral.
Questiono-me ainda se a sociedade preparada para esta IA? A resposta é complexa. Para mim, por um lado, muitos sectores já estão a adaptar-se e a aproveitar as vantagens da IA. Contudo, a velocidade a que esta tecnologia avança supera a capacidade de adaptação de algumas pessoas e organizações. É, por isso, crucial investir em educação e formação para preparar a sociedade e garantir que todos possam beneficiar desta revolução tecnológica.
Outra questão importante, que me faz pensar no tema, é se a IA fará com que as pessoas pensem menos. A IA pode encarregar-se de tarefas repetitivas e analíticas, permitindo às pessoas focarem-se em atividades mais criativas e estratégicas. No entanto, existe o risco de que a dependência excessiva da tecnologia reduza a capacidade de pensamento crítico e a resolução de problemas de forma independente. Portanto, é essencial encontrar um equilíbrio, utilizando a IA como uma ferramenta que potencie as nossas habilidades, em vez de as substituir.
Deste modo penso que o uso da IA é maioritariamente positiva, vendo nela um catalisador para o progresso e a inovação. A IA oferece numerosas vantagens, como a eficiência e a precisão, mas também coloca desafios significativos, como a adaptação da força laboral e a potencial redução do pensamento crítico. A sociedade deve preparar-se adequadamente para integrar esta tecnologia de maneira eficaz, assegurando que o seu impacto seja benéfico para todos.