PGD Mara Ribeiro Duarte
Presidente da CD Rotary Foundation 2021-24
A nossa organização deve ser pensada sem nunca se perdera essência dos seus valores, mascom a visão larga de que o Rotary nãoé uma organização assistencialista, mas uma organização que com a RotaryFoundation deixa projetos estruturados e sustentáveis nas comunidades poronde passa.
Quando se fala que a nossa ação deve ser orientada cada vez mais para umaumento das doações para o Fundo Anual de Programas significa que estamosa apostar numa nova geração de ações que podem ser potenciadas com tudoaquilo que num ano conseguirmos angariar, 3 anos depois temos 50% dessevalor a regressar ao nosso Fundo Distrital de UtilizaçãoControlada (FDUC) para fazer o bem no nossoDistrito e nas comunidades que servimos… e mais podemos também ajudar outros países que da nossaajuda necessitem.
Posto isto, o Distrito 1960 nos últimos anos tem trabalhado para deixar a sua pegada mas ainda estamos muito longe de chegar onde seguramente gostaríamos de estar, mais doações para o Fundo Anual de Programas, mais Clubes comprometidos com doações para a sua Rotary Foundation e consequentemente mais + subsídios distritais e globais.
Devemos falar com números, nos últimos 4 anos, o Distrito 1960 entregou 181.754 dólares para o Fundo Anual de Programas, sendo que em média, 46% dos Clubes do Distrito não entregaram qualquer valor para este fundo no período em causa.
Ajustar as velas e seguir em frente deve ser o caminho a privilegiar, valorizando todos aqueles que o fazem e que permitiram que o Distrito 1960 construísse a sua pegada e vou fixar-me nos últimos 2 anos:
– 18 subsídios distritais no valor de 18.831 dólares [9 em Educação Básica/Alfabetização; 5 em Prevenção e Tratamento de Doenças; 3Desenvolvimento Económico – Comunitário e 1 em Água, Saneamento e Higiene];
– 12 subsídios globais, 5de iniciativa de Clubes do Distrito 1960 [RC Portela, RC Almancil-Internacional, RC Lisboa Internacional, RC Lisboa e RC Algés] e 7 em que o Distrito 1960 e os seus Clubes foram parceiros internacionais, juntando o seu apoio a outros distritos e seus parceiros locais, totalizando um impacto de serviço humanitário no mundo de 691.807 dólares. No essencial, os principais países com quem o Distrito 1960 fez projetos foram o Brasil, Espanha, Moçambique, França, África do Sul e Alemanha.
Gostava de destacar 4 pela sua diferenciação positiva: GG2094656 do RC da Portela por ser um projeto pioneiro de construção de um equipamento, em concreto um berçário; GG2124709 do RC Almancil-Internacional de preservação dos cavalos-marinhos na ria formosa, tendo sido o primeiro projeto na nova área do ambiente em Portugal; GG2127400 do RC Lisboa-Internacional por ser um projeto na área da prevenção e tratamento de doenças com a oferta de um equipamento de laparoscopia ao IPO de Lisboa e o mais recente GG2344850 do Rotary Club de Algés [já submetido] na área de desenvolvimento económico e comunitário e que visa apoiar e formar uma equipa de voluntários [rotários e não rotários] que apoie empreendedores a fazer crescer os seus negócios [sociais e/ou económicos] com a criação de 15 postos de trabalho neste primeiro projeto, o objetivo futuro e sustentável é o da equipa de mentores continuar a acompanhar os projetos apoiados e a avaliar projetos futuros que serão propostos pela entidade parceira [Netmentora Lisboa by Réseau Entreprendre].
Esta nova onda de olhar para o Rotary leva-me a entusiasmar os Clubes a falar “sem medos” com o tecido económico e social das suas comunidades, apresentar-lhes a Rotary Foundation, indicar-lhes o caminho das várias sinergias que podem surgir do trabalho em parceria, falar-lhes da nossas 7 áreas de enfoque e também aqui estamos a divulgar o melhor da imagem pública do Rotary, áreas que se desdobram em ações de serviço humanitário concretas, falar da nossa dimensão internacional, dizer-lhes que não estamos sozinhos para acender aquela luz que por vezes teima em acender e sobretudo crescemos enquanto organização porque quando estamos a fazer este planeamento temos de ter a lucidez de análise que estamos a trabalhar não num ano mas no mínimo em dois, isto traz sustentabilidade à nossa ação na comunidade e nos nossos Clubes.
O futuro é amanhã, a pegada será tanto maior quanto seja a nossa capacidade individual de pensar, entusiasmar e entregar nos nossos Clubes e nas nossas comunidades, criando esperança em nós próprios e em quem nos rodeia.