Necessidade de Inclusão no Desenvolvimento Económico e Comunitário
Por Pedro Marques | Rotary Club Lisboa-Benfica
Terminado o mês de setembro que em Rotary é dedicado à Educação Básica e Alfabetização, o mês de outubro integra o movimento rotário no âmbito do Desenvolvimento Económico e Comunitário.
O Trabalho em Equipa e a Necessidade de Inclusão, promovem a partilha e a inserção de elementos, por vezes marginalizados, numa ação contínua de união completa e integrada de esforços, que favorecem o Desenvolvimento Económico e Comunitário, em Rotary.
Nos Camarões existe um provérbio que referencia, que: “Só uma mão não chega para subir a uma palmeira”. Efetivamente este provérbio evidencia, por si só, que para subir a uma árvore são necessárias
duas mãos, simbolizando a necessidade de trabalhar em equipa e de colaborar para juntar forças visando atingir objetivos previamente definidos e alcançar metas, promovendo a solidariedade.
A capacidade de trabalhar em equipa é fundamental para a construção e consolidação da personalidade rotária, tornando os membros do nosso movimento, mais satisfeitos sobretudo ao cooperar e trabalhar em prol da comunidade local.
Efetivamente, os nossos Clubes são uma porta aberta à entrada de quem mais necessita da nossa intervenção, mas são igualmente uma porta de saída de projetos, de bolsas e de outros apoios que possibilitam, a partir do Trabalho em Equipa, que nós, Rotários, possamos ajudar outras pessoas das nossas Comunidades a obterem o que mais desejam, visando a que, no final da nossa intervenção, se sintam efetivamente mais felizes com o Trabalho em Equipa que em Rotary promovemos junto das referidas comunidades locais.
O Trabalho em Equipa não é mensurável, mas é, no entanto, valioso. Implica desafios, e, por vezes, a necessidade de consensos para fazer face a eventuais conflitos, porque a personalidade humana assume diferentes opiniões e distintas formas de pensar, sentir e fazer. Ao trabalhar em grupo colaboramos com outros Rotários, com distintas características e formas de pensar na obtenção de objetivos comuns, para, a partir da partilha de conhecimentos, qualidades e experiências, agregadas em tempo e recursos, concretizarmos no final os nossos projetos, tarefas e atividades delineadas e concretizadas em metas, igualmente comuns.
O Trabalho em Equipa deve, no entanto, integrar em Rotary, a diversidade, a equidade e sobretudo a inclusão, permitindo a união plena de diferentes ideias e modos de sentir e viver o mundo a partir de um movimento, que em Rotary procura entrar em ação e provocar nas nossas Comunidades mudanças duradouras.
A partir da diversidade aceitamos, em Rotary, as contribuições de todos, promovendo o Trabalho em Equipa, independentemente das crenças, das culturas, das etnias, das deficiências, do sexo, ou mesmo das diferenças de ideias, pensamentos crenças e valores.
No que diz respeito à equidade, é importante relevar em Rotary a consolidação de redes, fomentando parcerias entre Clubes Rotários, associações, empresas e instituições autárquicas (Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia), de modo que, nas nossas comunidades locais, todos possam dispôr e ter acesso a iguais oportunidades e recursos para poder garantir a necessária prosperidade.
Com as contribuições de todos, sem exceção e em equipa, poderemos em Rotary, juntos e em parceria, sermos mais fortes, criando uma cultura inclusiva em que todos possam ser valorizados, sentindo-se parte de um grupo único e fomentando a expansão da nossa capacidade de representar e ajudar as comunidades que servimos atendendo às respetivas necessidades locais.
A partir do Trabalho em Equipa e tendo em conta, sempre, a necessidade de inclusão, poder-se-á, efetivamente, chegar mais longe, assegurando-se a transmissão de conhecimentos que possam ajudar a encontrar soluções para combater a pobreza e fomentar oportunidades de negócios que permitam enfrentar o ambiente competitivo e de crescente complexidade e de mudanças rápidas a que quotidianamente assistimos.
Se assim procedermos, facilmente criaremos condições para implementar o necessário Desenvolvimento Económico e Comunitário, sobretudo junto das populações, à escala local e mesmo global, de que, em Rotary, urge fomentar e sobretudo dinamizar.