Por Ilda Braz
Em 2010, a Organização Mundial de Saúde escolheu o dia 28 de julho como Dia Mundial das Hepatites, por ser o dia de aniversário de Baruch Blumberg, Prémio Nobel da Medicina em 1976, que identificou o vírus da hepatite B. Neste dia, a subcomissão Distrital Hepatite Zero que integra o Rotary Action Group for Hepatitis Eradication (RAG), convidou todos os clubes do Distrito 1960 e alguns clubes do Distrito 1970, assim como, todos os embaixadores, onde se incluem o professor Germano de Sousa, o professor Tato Marinho e as cinco associações envolvidas neste projeto, para apresentarem o trabalho desenvolvido e apontar o caminho que ainda falta percorrer na erradicação das hepatites virais até 2030. Estiveram presentes mais de 40 clubes do Distrito 1960, dois clubes do Distrito 1970, nove clubes do Brasil, um clube de Cabo Verde, um clube da Guiné-Bissau e um clube dos EUA, bem como as associações Crescer, AJPAS, Ares do Pinhal, Arrisca e o Centro Português para os Refugiados. O objetivo é informar os clubes e a população para a necessidade de conhecerem as Hepatites Virais e trabalhar para a sua erradicação, uma ameaça global para a saúde, porque morrem por ano um milhão de pessoas e ocorrem mais de oito mil infeções todos os dias.
Fazer cumprir Rotary como facilitadores no rastreio e erradicação das Hepatites Virais foi a mensagem deixada pelo Governador do Distrito 1960, companheiro Paulo Martins, na abertura desta conversa virtual.
Uma das grandes dificuldades apontadas, pela Associação Crescer e outras associações, é conseguir levar o público-alvo aos laboratórios para a realização de análises, não obstante a mais-valia da parceria entre os clubes Rotários e o Laboratório Germano de Sousa nos rastreios. O professor Germano de Sousa prometeu pensar numa fórmula para desbloquear a dificuldade e a criação da consulta descentralizada por parte desta associação permitiu aumentar de quatro para 15 o número de pessoas em tratamento.
O professor Rui Tato Marinho – nomeado pela Direção Geral da Saúde como Diretor do Programa Nacional para as Hepatites Virais – lembrou que esta é uma doença silenciosa que, quando diagnosticada tarde, leva a mortes perfeitamente evitáveis e voltou a desafiar todos para que façam o teste à Hepatite C pelo menos uma vez na vida, realçando ainda que todos os médicos de família deveriam incluir nas análises de rotina a ATL, HCV e HCB. Esperamos que os clubes Rotários se sintam inspirados pelo trabalho já desenvolvido e possam alargar a intervenção do Movimento nas suas juntas de freguesia, concelhos e toda a população do nosso país.