Já é conhecida a grande dinâmica de serviço a que nos habituou o Rotary Club de Marinha Grande (D. 1970), um Clube muito atento aos problemas que vai detectando na sua comunidade. Desde há bem mais que uma dezena de anos que ele tem batalhado em acções sobretudo viradas para a luta contra a fome e a pobreza, no que tem sabido suscitar múltiplas colaborações de empresas e outras organizações locais, revelando-se como motor de empreendimentos vários de apoio a famílias com dificuldades, com uma especial e marcante tónica: não se limita a ajudas ocasionais, como muitos fazem (e ainda bem que, ao menos, isso fazem!), mas ajuda determinadas famílias, previamente seleccionadas, em todos os meses de cada ano. É que os nossos Companheiros Marinhenses bem sabem que as necessidades não se fazem sentir apenas pelo Natal ou pela Páscoa… Isto, porém, é outra conversa.
Agora, a acção que assinalamos é bem doutro teor e dá pelo nome em título.
Expliquemos: no nosso País, bem poderá reconhecerse que, praticamente em todas as partes, coexistem com os Cidadãos Portugueses famílias inteiras que, por esta ou por aquela razão, vieram viver entre nós, deslocadas dos seus respectivos países de origem. A Marinha Grande, pois, não foge a este fenómeno migratório e, portanto, com facilidade na sua comunidade estão radicados cidadãos, com suas famílias, de diversas origens. As mais das vezes, formam mesmo pequenas comunidades nas quais procuram manter os seus costumes, as suas tradições a sua própria maneira de viver.
Então, temos aqui um quadro social, por assim dizer, um mosaico, que é absolutamente recomendável que seja conhecido, reconhecido e respeitado, tudo adentro de um clima de curiosidade mas de respeito mútuo, gerador da mútua compreensão e de uma salutar convivência, uma atitude fautora de paz e de harmonia. E o Povo Português bem sabe do que se trata… É a nossa História que o ilustra, de resto.
Então, o Rotary Club de Marinha Grande avançou com o Projecto “Cidadão Pelo Mundo”, uma iniciativa que é inovadora no panorama das acções rotárias de serviço a que o nosso País nos tem habituado. É um projecto que tem por escopo dar a conhecer na comunidade as minorias nela existentes que constituem “a se” comunidades com outra identidade própria nacional.
Após ter identificado as várias comunidades de famílias oriundas doutras partes do mundo que se encontram, agora, radicadas na Marinha Grande, o Clube proporcionou um encontro de pessoas, várias portuguesas locais com elementos da comunidade Ucraniana. Foi assim que veio a realizar-se uma rica sessão de apresentação da cultura e do modo de viver próprios da Ucrânia, através da vinda a esse encontro das cidadãs Ucranianas Lyobov Pahuta e Orisia que expuseram à audiência as suas tradições e os seus costumes. Isto em Setembro do ano passado.
Mais tarde, em Outubro, foi a vez de se falar da comunidade Japonesa. Em outro encontro, agora a esta dedicado, compareceu a Srª. Ayomi Key, de resto já residente na Marinha Grande desde há mais de quarenta anos. E falouse da cultura e das milenares tradições do Sol Nascente. Adfiante um pouco mais, em Novembro, foi a vez do Brasil, através do casal Fernando Guidi e esposa. Já mais nos nossos dias, em Abril, coube a vez a Angola, e foi o cidadão Angolano Valmiro quem se houve com o encargo de descrever o seu País de origem e os problemas sérios com que se debate.
E é já sabido que se seguiu a abordagem da comunidade Russa em Maio último, tudo sempre com o mesmo objectivo de inter-conhecimento, de mútua compreensão e de integração social em harmonia.
Eis, pois, à especial consideração do leitor Rotário, um projecto de excelente visão, absolutamente inspirado nos grandes valores de sempre do Rotary: a construção da paz mundial pela boa compreensão entre todos os povos. Não esqueça: a Humanidade é uma só!
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